A primeira vez em que o vi foi pela webcam. Era dia 05 de junho de 2005 e eu não sabia da sua mãe há dois dias, sim, você nasceu no dia 03 e eu não sabia. Sequer sabia de sua existência, conversava com sua mãe pelo msn todos os dias e mal imaginava sua gravidez. Então, neste dia, que também é o aniversário dela, ela apareceu online. Não sabia bem o que me dizer, enrolou o quanto pode, foi quando o Joey, meu cachorro a quem eu chamo de meu filho, entrou no quarto. Eu disse: “olha o meu filho aí na webcam” e ela respondeu; “vou mostrar o meu pra você”. Achei que ela estivesse falando de um cachorro, mas surgiu você em minha tela, tão pequeno e tão lindo, uma sensação muito diferente tomou conta de mim, era um misto de alegria, emoção e euforia, que, na realidade, eu não sabia se chorava ou se sorria. O fato era que eu nunca tinha sido tão feliz em ver alguem como eu fui feliz naquele dia.
Nenhum dia passava sem que eu visse você pela internet, podia passar horas admirando cada movimento seu, dois dias depois, eu e sua mãe resolvemos começar a namorar.
Sua mãe e eu queríamos muito nos ver e eu era louca pra conhecer você, então, quando você tinha apenas 3 meses, eu comprei a passagem da sua mãe, lá do Maranhão para o Rio de Janeiro. Ficamos hospedados por 11 dias em uma pousada. Foram 11 dias inesquecíveis. Eu nunca tinha tido contato com bebês tão pequenos e frágeis, e aprendi rapidamente a trocar sua fralda, dar banho e entreter você, o que não era muito difícil, você sempre foi uma criança encantadora. Foi nessa época em que eu apresentei vocês para a minha mãe, mas acredito que as preocupações que vieram a mente dela na época impediram-na de se apaixonar por você naquele instante. Vocês voltaram, mas nossos dias juntos foram tão maravilhosos que decidimos morar juntas. Consequentemente, vocês voltaram, meses depois para formar comigo uma família.
Isso ocorreu quando você tinha 7 meses, eu tinha alugado um apartamento próximo ao meu trabalho e, juntamente com a minha irmã, deixei o lugar pronto para receber vocês. Parte da mobília veio da minha casa, outras coisas agente ganhou, o resto eu parcelei no boleto e montamos o nosso lar.
Você, como criança saudável que é, aprendeu rapidamente a andar, e eu estava ao seu lado quando deu seus primeiros passos. Vi também o dia em que o primeiro dente rompeu, lembro claramente, eu gritando a sua mãe para vir ver seu dentinho. A primeira palavra demorou mas, adivinha quem estava lá ao seu lado quando a pronunciou? Acertou se disse que fui eu, ensinei você a dizer “manhê”.
Tudo que eu podia eu fazia por você. Era eu quem dava a primeira e a última mamadeira do dia, quem levava você para a creche, à pediatra e até mesmo quem brincava com você mesmo depois de passar o dia todinho trabalhando. Depois de muito brincar, eu dava um banho em você, passava seu hidratante, colocava um filme no DVD, fazia a sua mamadeira e ficava assistindo o filme ao seu lado até você dormir. No dia seguinte? Tudo outra vez.
Mas o relacionamento meu com a sua mãe não estava muito fácil e, decidimos que era melhor terminar. Como eu tinha melhores condições, fiquei com você. Mas sua avó biológica resolveu que era melhor você voltar para a sua família no Maranhão. Sua mãe até disse que, para mim, ela daria a sua guarda, mas como as coisas ruins geralmente não vem sozinhas, junto com a ruína de meu relacionamento, o local onde eu trabalhava fechou e tive que sair do apartamento onde morávamos. Não tive outra escolha que não fosse deixá-lo ir.
Fomos morar com a minha família, enquanto a sua avó se recuperava de uma cirurgia, foi o tempo para que eu começasse a restruturar a minha vida, conseguir novo emprego e seguir adiante, mas a decisão já havia sido tomada, você iria embora.
A única coisa que pedi, foi que ocorresse em um dia em que eu estivesse trabalhando, não suportaria ver você partir. Então, nesse dia, dei um beijo em sua testa enquanto você dormia, disse que o amava muito e fui trabalhar, certa que quando voltasse você não estaria mais lá. E foi o que aconteceu. E posso te dizer que em toda a minha vida eu jamais tive que tomar decisão tão dolorosa e tão difícil. Dias e semanas se passaram e eu fui me atolando cada vez mais em trabalho e estudos, sim, resolvi fazer uma segunda faculdade, qualquer coisa para não ter que encara a sua ausência.
Tempos depois, você retornou ao rio com a sua avó para ver sua mãe, eu ainda não conseguia lidar com a situação e a ideia de ver você novamente mais soava como perder você novamente. Não consegui ver você. Mais uns meses se passaram e vocês vieram outra vez, e eu, ingenuamente achando que estava melhor, resolvi sair com você para passear e fomos lá pra casa brincar. Sua avó tinha que viajar para SP e pediu para ficarmos com você enquanto isso, e foi o que aconteceu, e eu fui obrigada a vê-lo partir mais uma vez. A sensação foi a mesma como na primeira vez, acredito que a perda seja um vazio que jamais será preenchido.
Dois anos se foram, e minha mãe, a quem você chama de vovó, não aguentando mais de saudade, resolveu comprar passagens para você e sua avó, que hoje você chama de mãe, e hospedá-los em nossa casa. Foram quatro dias mágicos em que pude perceber que instantes depois que chegamos parecia que você nunca tinha partido. Agente ainda se dava tão bem. Certo dia você aprontou e tive que levá-lo para dormir mais cedo, o que foi aprovado de imediato por sua mãe. Depois de um tempo de manha exagerada, pedi para conversar com você e você se portou muito bem. Voltei para o quarto da sua tia, minha irmã, para usar o computador quando sua mãe me chamou. Na realidade era você que queria falar comigo, mas como estava tomando mamadeira eu não o escutava. Você, gesticulando, pediu que eu deitasse minha cabeça em sua barriga e, quando eu fiz, ficou fazendo carinho e dizendo algo que eu não compreendia, lembrando que você tinha uma mamadeira na boca. Eu disse: “não entendi, nada do que você falou com a mamadeira na boca” daí você tirou a mamadeira e disse baixinho “eu amo você”. Não são muitas as pessoas no mundo que podem afirmar que sabem o que eu senti nesse momento. Passeamos muito, brincamos muito, você foi ao cinema pela primeira vez, eu o ensinei a fazer um coração com as mãos, foi muito bom ter você ao meu lado mais uma vez.
Fim de feriado prolongado, hora de partir, dirigi até o aeroporto procurando me não pensar no que estava por acontecer. Ficamos lá algum tempo antes do horário do embarque, mas como não havia outro caminho, vi você sair da minha vida mais uma vez, embora, desta vez, eu saiba, certamente, que não terei que dizer adeus e, sim um até breve.
Amo você, Giovanni, como nunca amei ninguém.
Nenhum dia passava sem que eu visse você pela internet, podia passar horas admirando cada movimento seu, dois dias depois, eu e sua mãe resolvemos começar a namorar.
Sua mãe e eu queríamos muito nos ver e eu era louca pra conhecer você, então, quando você tinha apenas 3 meses, eu comprei a passagem da sua mãe, lá do Maranhão para o Rio de Janeiro. Ficamos hospedados por 11 dias em uma pousada. Foram 11 dias inesquecíveis. Eu nunca tinha tido contato com bebês tão pequenos e frágeis, e aprendi rapidamente a trocar sua fralda, dar banho e entreter você, o que não era muito difícil, você sempre foi uma criança encantadora. Foi nessa época em que eu apresentei vocês para a minha mãe, mas acredito que as preocupações que vieram a mente dela na época impediram-na de se apaixonar por você naquele instante. Vocês voltaram, mas nossos dias juntos foram tão maravilhosos que decidimos morar juntas. Consequentemente, vocês voltaram, meses depois para formar comigo uma família.
Isso ocorreu quando você tinha 7 meses, eu tinha alugado um apartamento próximo ao meu trabalho e, juntamente com a minha irmã, deixei o lugar pronto para receber vocês. Parte da mobília veio da minha casa, outras coisas agente ganhou, o resto eu parcelei no boleto e montamos o nosso lar.
Você, como criança saudável que é, aprendeu rapidamente a andar, e eu estava ao seu lado quando deu seus primeiros passos. Vi também o dia em que o primeiro dente rompeu, lembro claramente, eu gritando a sua mãe para vir ver seu dentinho. A primeira palavra demorou mas, adivinha quem estava lá ao seu lado quando a pronunciou? Acertou se disse que fui eu, ensinei você a dizer “manhê”.
Tudo que eu podia eu fazia por você. Era eu quem dava a primeira e a última mamadeira do dia, quem levava você para a creche, à pediatra e até mesmo quem brincava com você mesmo depois de passar o dia todinho trabalhando. Depois de muito brincar, eu dava um banho em você, passava seu hidratante, colocava um filme no DVD, fazia a sua mamadeira e ficava assistindo o filme ao seu lado até você dormir. No dia seguinte? Tudo outra vez.
Mas o relacionamento meu com a sua mãe não estava muito fácil e, decidimos que era melhor terminar. Como eu tinha melhores condições, fiquei com você. Mas sua avó biológica resolveu que era melhor você voltar para a sua família no Maranhão. Sua mãe até disse que, para mim, ela daria a sua guarda, mas como as coisas ruins geralmente não vem sozinhas, junto com a ruína de meu relacionamento, o local onde eu trabalhava fechou e tive que sair do apartamento onde morávamos. Não tive outra escolha que não fosse deixá-lo ir.
Fomos morar com a minha família, enquanto a sua avó se recuperava de uma cirurgia, foi o tempo para que eu começasse a restruturar a minha vida, conseguir novo emprego e seguir adiante, mas a decisão já havia sido tomada, você iria embora.
A única coisa que pedi, foi que ocorresse em um dia em que eu estivesse trabalhando, não suportaria ver você partir. Então, nesse dia, dei um beijo em sua testa enquanto você dormia, disse que o amava muito e fui trabalhar, certa que quando voltasse você não estaria mais lá. E foi o que aconteceu. E posso te dizer que em toda a minha vida eu jamais tive que tomar decisão tão dolorosa e tão difícil. Dias e semanas se passaram e eu fui me atolando cada vez mais em trabalho e estudos, sim, resolvi fazer uma segunda faculdade, qualquer coisa para não ter que encara a sua ausência.
Tempos depois, você retornou ao rio com a sua avó para ver sua mãe, eu ainda não conseguia lidar com a situação e a ideia de ver você novamente mais soava como perder você novamente. Não consegui ver você. Mais uns meses se passaram e vocês vieram outra vez, e eu, ingenuamente achando que estava melhor, resolvi sair com você para passear e fomos lá pra casa brincar. Sua avó tinha que viajar para SP e pediu para ficarmos com você enquanto isso, e foi o que aconteceu, e eu fui obrigada a vê-lo partir mais uma vez. A sensação foi a mesma como na primeira vez, acredito que a perda seja um vazio que jamais será preenchido.
Dois anos se foram, e minha mãe, a quem você chama de vovó, não aguentando mais de saudade, resolveu comprar passagens para você e sua avó, que hoje você chama de mãe, e hospedá-los em nossa casa. Foram quatro dias mágicos em que pude perceber que instantes depois que chegamos parecia que você nunca tinha partido. Agente ainda se dava tão bem. Certo dia você aprontou e tive que levá-lo para dormir mais cedo, o que foi aprovado de imediato por sua mãe. Depois de um tempo de manha exagerada, pedi para conversar com você e você se portou muito bem. Voltei para o quarto da sua tia, minha irmã, para usar o computador quando sua mãe me chamou. Na realidade era você que queria falar comigo, mas como estava tomando mamadeira eu não o escutava. Você, gesticulando, pediu que eu deitasse minha cabeça em sua barriga e, quando eu fiz, ficou fazendo carinho e dizendo algo que eu não compreendia, lembrando que você tinha uma mamadeira na boca. Eu disse: “não entendi, nada do que você falou com a mamadeira na boca” daí você tirou a mamadeira e disse baixinho “eu amo você”. Não são muitas as pessoas no mundo que podem afirmar que sabem o que eu senti nesse momento. Passeamos muito, brincamos muito, você foi ao cinema pela primeira vez, eu o ensinei a fazer um coração com as mãos, foi muito bom ter você ao meu lado mais uma vez.
Fim de feriado prolongado, hora de partir, dirigi até o aeroporto procurando me não pensar no que estava por acontecer. Ficamos lá algum tempo antes do horário do embarque, mas como não havia outro caminho, vi você sair da minha vida mais uma vez, embora, desta vez, eu saiba, certamente, que não terei que dizer adeus e, sim um até breve.
Amo você, Giovanni, como nunca amei ninguém.
Nossa....chorei agora lendo esse post! Que linda a historia! Beijos
Muito linda a história...
fiquei muito feliz por voces quando vi as fotos. ele ta cada dia mais lindo. a historia de voces é linda.
Nossa... minha amiga... chorei lendo teu post... incrivelmente lindo teu amor pelo Gigi... parabens pelo dom da escrita... e por esse amor!!! Me mata de orgulho!!! Bjao
Olá Ethel. Comentei com vc ontem, quão emocionada fiquei ao ler esse post. É muito bonito ver que uma relação tão linda, como essa, se mantém, mesmo com a distância e com o passar do tempo. O amor realmente é um sentimento nobre. Seja feliz. E desejo uma vida repleta de saúde, paz, amor, felicidade e sucesso ao Giovanni. Beijo grande
Ahh minha amiga, como é que eu poderia conter as lágrimas, sendo eu testemunha ocular dessa história neh??? O Gigi no fim das contas é um menino de mta sorte, apesar de tantos contraditórios... Ele não tem apenas uma mãe, ele tem no mínimo umas 3 que por ironia do destino, não o carregaram no ventre por 9 meses. Eu sei que sentimento é esse que une vcs dois... É um sentimento de mãe e filho e esse amiga, não tem distância que separe. Vc é uma grande mulher e tenho certeza que um dia, daqui um tempo ele vai ler essa história ou até mesmo ouvi-la e com certeza ele terá mtooo orgulho de te-la em sua vida
Te amooo minha amiga querida!
E nunca esqueça, o mundo da voltas e o tempo pode nos trazer adoráveis surpresas...
Bjss