Era para ter sido uma caminhada como outra qualquer para aquele grupo de amigas. Conversavam tranquilamente em meio a muitas risadas. Era o primeiro dia de Carol em Florianópolis, e fazia um dia lindo. Ela havia viajado para conhecer amigas de internet, dentre elas, Bia, com quem estava no início de um namoro virtual. Faziam parte do grupo também Tatiana e Tatiane, que não poderiam ser mais diferentes entre si, Tatiana era morena e alta com um olhar fatal e Tatiane era baixinha como Carol, loira dos olhos claros, além de Michele e Mariana, todas lindas, afinal “floripa só tem mulherão” pensou Carol, um pouco mais alto do que pretendia, fazendo-a tomar um cutucão de Bia. O que fez o grupo cair na risada. O lugar era muito diferente do que Carol, carioca, estava acostumada. “O sul é, realmente, encantador” disse. Ela e Bia haviam andado a Beira-mar quase toda de braços dados e absolutamente ninguém tinha olhado torto para o grupo. “Ok, mas sem exageros” disse uma receosa Mariana, “Vai que alguém conhecido passa por aqui”? “Deixa de ser paranoica” brigou Tatiane, “qual o problema em andar de braços dados com outra menina”? “você sabe que a minha família não sabe de mim” retrucou. “Está tudo bem, vamos respeitar” disse Carol, soltando o braço de Bia que pareceu não muito satisfeita, porém conformada. Pelo menos era o que parecia naquele momento. Pararam em uma lanchonete no meio do caminho e pediram um lanche, afinal elas já estavam andando há mais de uma hora, mereciam sentar um pouco. Um grupo grande de mulheres, como aquele, chamava a atenção dos homens que passavam e, alguns vinham tentar a sorte com elas, em vão. E assim continuaram a tarde quase toda o passeio para mostrarem a cidade à Carol. Era quase hora de se despedirem, Tatiana levaria Carol para a casa de Michele, onde ela estava hospedada. Foi quando Bia surgiu com um bis em suas mãos e, retirando o embrulho, colocou-o em sua boca e o ofereceu à Carol, para o desespero de Mariana que em coro com as outras meninas dizia “não pega! não pega!” - longa pausa - “Ah, pegou”!
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