Dra. E.
Como dito anteriormente, a sociedade condena a invisibilidade aquilo que considera fora de seus padrões normais de comportamento, o “aceitável”. O que não é visto, não existe e, se não existe, não tem necessidade de ser protegido.
Depois de muita repressão, surgiram as manifestações para a visibilidade do “movimento gay”, muito criticada por segmentos da sociedade. Por puro medo, muitos homossexuais não se revelam para suas famílias e amigos, tornando a si mesmos, invisíveis. Fingir-se heterossexual para a família é prática comum por medo do preconceito, que muitas vezes vem dentro da própria casa, mas condena à estagnação, nada muda e é isso mesmo que a parcela homofóbica da sociedade quer. Preferem que as minorias sejam invisíveis, pois, na verdade, prefeririam que nem mesmo existissem.
Então, para que mostrar a cara? Qual o motivo de dizer nós existimos? Porque todo ser humano merece ter seus direitos resguardados, merece viver dignamente e de forma segura. Viver com eterna insegurança e medo, priva parte dos cidadãos de uma vida plena. Se todos somos iguais em deveres cíveis, por que não seríamos iguais em Direitos? Um desses direitos é o direito a ser diferente.

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O vídeo acima é trecho do filme X-MEN 2. Vocês podem estar se perguntando porque esse vídeo está aqui neste post?
Desde a primeira vez que li uma HQ dos X-MEN, percebi que muito do que se tratava ali era exatamente o direito de existir. Direito de estar vivendo pacificamente no mesmo mundo que todos os outros.
O preconceito sempre foi tema chave da HQ dos mutantes e, esta conversa entre Mística e Noturno é extremamente significativa.
Quando o Noturno pergunta o porque da Mística não permanecer disfarçada todo o tempo, ela responde "porque eu não deveria ter que fazê-lo" e, para mim, isto é um apelo ao mostrar a sua cara, mostrar quem você realmente é e fazer com que o mundo o entenda e o aceite, ainda que você seja diferente.


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2 Responses
  1. Laura&Lisa Says:

    Olá!

    Cheguei até aqui através do tópico que fiz no fórum do PL e que tu respondeste.

    Interessantes as tuas postagens. Sobre a última... Eu estive pensando muito sobre a auto-aceitação dos homossexuais. Eu ainda não havia pensado no fato de que desde que nascemos, somos condicionados a considerar a homossexualidade "feia", nojenta, um modo de transgressão inaceitável. Depois de anos ouvindo opiniões ignorantes, é de se esperar que a auto-aceitação seja um processo longo e doloroso.

    Bem, enfim, gostei do teu blog, vou acompanhar!

    Abraços guria!

    Escrito po Laura.


  2. Glenda Dias Says:

    Penso assim!
    Estou nessa com vc!

    Interssanteeee seu blog!

    Quando der, passe lá:
    existirsendo.blogspot.com

    Bjoss